quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Pe. Eduardo de Freitas Nascimento - Um sacerdote lutador!


O Padre Eduardo Freitas Nascimento nasceu na freguesia de Santana, foi ordenado sacerdote em 22 de Setembro de 1956 foi nomeado «Cura» de Santa Cruz em Novembro desse ano.
Em 31 de Dezembro de 1960 assumiu as funções de pároco das paróquias do Piquinho e Preces. A 18 de Outubro de 1970 foi nomeado pároco de São Martinho e Nazaré, sendo nomeado também Arciprestre da Zona suburbana do Funchal, em Julho de 1975.
Depois foi transferido para a paróquia do Campanário, iniciando as suas funções em 30 de Setembro de 1989, sendo nomeado Arciprestre da Ribeira Brava e Ponta do Sol em 20 de Maio de 1990.
[Entre 2 de Agosto e 18 de Setembro de 1992 esteve como pároco da Quinta Grande]
A 19 de Setembro de 1992 iniciou a sua actividade como pároco de São Roque. Desde 23 de Setembro de 2001 que é pároco das paróquias do Arco da Calheta e do Loreto. É também capelão militar.

Desde 2008 que deixou a vida sacerdotal activa por razões de saúde, encontrando-se actualmente no Lar em Gaula.
Em todas as paróquias onde exerceu o seu múnus sacerdotal o Pe. Eduardo Nascimento tem realizado importantes obras, sendo o dinamizador da construção da igreja do Piquinho, em Machico e construtor da Igreja das Preces durante os 9 anos que esteve nestas paróquias.      Efectuou também obras de restauro e conservação das casas paroquiais de São Martinho e de São Roque.

Quaresma - Lampadário em São José: Paróquia do Piquinho

 Na Quarta - Feira de Cinzas foi colocado o lampadário que já existia há muitos anos na Paróquia abandonado na torre da igreja, foi exposto na Exposição dos 50 Anos da Paróquia e através da iniciativa do Pe. Ramos foi colocado junto ao nosso padroeiro...
Publicam-se também umas fotos da Quaresma na nossa paróquia.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Dia Paroquial do Doente - Paróquia do Piquinho / Mensagem Bento XVI dia doente

No próximo Domingo realiza-se na nossa paróquia o Dia Paroquial do Doente, pelas 10h será o acolhimento de todos os doentes, em seguida realiza-se a Eucaristia e depois teremos um pequeno convívio para todos realizado pela Conferência Vicentina da Paróquia.
É uma maneira de trazer os doentes que há muito tempo não estão na sua igeja paroquial, uma forma de convívio e de alegria para os nossos doentes!

MENSAGEM DE BENTO XVI PARA O DIA DO DOENTE:
Queridos irmãos e irmãs,

Por ocasião do Dia Mundial do Doente, que celebraremos no próximo dia 11 de fevereiro de 2012, memória de Nossa Senhora de Lourdes, desejo renovar a minha proximidade espiritual a todos os doentes que se encontram nos locais de reabilitação e são acolhidos nas famílias, exprimindo a cada um a solicitude e afeto de toda a Igreja. No acolhimento generoso e amoroso de toda a vida humana, sobretudo daquela fraca e doente, o cristão exprime um aspecto importante do próprio testemunho evangélico, sob o exemplo de Cristo, que se inclinou sobre os sofrimentos materiais e espirituais do homem para curá-lo.

Neste ano, que constitui a preparação mais próxima do solene Dia Mundial do Doente que se celebrará na Alemanha no dia 11 de fevereiro de 2013 e que se deterá sobre a emblemática figura evangélica do samaritano (Lc 10, 29-37), gostaria de destacar os Sacramentos da Cura, isto é, o sacramentos da penitência e da reconciliação e da unção dos doentes, que possuem os seus naturais cumprimentos na comunhão eucarística.
O encontro de Jesus com os dez leprosos, narrado no Evangelho de São Lucas (Lc 17, 11-19), em particular as palavras que o Senhor dirige a um deles: “Levanta-te e vai; a tua fé te salvou!” (v.19), ajudam a tomar consciência da importância da fé daqueles que, agravados pelo sofrimento e pela doença, se aproximam do Senhor. No encontro com Ele podem experimentar realmente que quem crê não está nunca sozinho. Deus, de facto, no seu Filho, não nos abandona nas nossas angústias e sofrimentos, mas é-nos próximo, ajuda-nos a levá-los e deseja curar o nosso coração (Mc 2, 1-12).

A fé daquele único leproso que, vendo-se curado, cheio de admiração e alegria, diferente dos outros, regressa imediatamente a Jesus para manifestar o próprio reconhecimento, demonstra que a saúde reconquistada é sinal de algo mais precioso que a simples cura física: é sinal da salvação que Deus nos dá através de Cristo; a mesma encontra expressão nas palavras de Jesus: “a tua fé te salvou”. Quem, no próprio sofrimento e doença invoca o Senhor tem a certeza que o Seu Amor não nos abandona nunca, e que também o amor da Igreja, prolongamento no tempo da sua obra salvífica, não deixa de ser manifestado. A cura física, expressão da salvação mais profunda, revela assim a importância que o homem na sua integralidade de alma e corpo representa para o Senhor. Casa sacramento exprime e atua a proximidade de Deus, o qual, em modo absolutamente gratuito nos toca por meio das realidades materiais, que Ele assume ao seu serviço, fazendo disso instrumentos do encontro entre nós e Ele mesmo (Homilia Santa Missa do Crisma, 1 de abril de 2010). “A unidade entre criação e redenção se tornam visíveis. Os sacramentos são expressão da corporeidade da nossa fé que abraça corpo e alma, o homem inteiro” (Homilia Santa Missa do Crisma, 21 de abril de 2011)
A missão principal da Igreja é certamente o anúncio do Reino de Deus, 'mas exatamente esse anúncio deve ser um processo de cura', enfaixar as chagas dos corações partidos (Is61,1), segundo o encargo confiado por Jesus aos seus discípulos. (Luc 9, 1-2; Mt 10,1.5-14; Mc 6, 7-13. O binómio entre saúde física e renovação das dilacerações da alma nos ajuda, portanto, a compreender melhor os sacramentos da cura.
O sacramento da Penitência já esteve por diversas vezes no centro das reflexões dos Pastores da Igreja, exatamente por causa da grande importância no caminho da vida cristã, a partir do momento que todo o valor da Penitência consiste no restituir-nos à graça de Deus unindo-nos a Ele em íntima e grande amizade (Catecismo da Igreja Católica, 1468). A Igreja, continuando o anúncio do perdão e da reconciliação ressoado por Jesus, não cessa de convidar a humanidade inteira a converter-se e a crer no Evangelho. Esse é o apelo do apóstolo Paulo: “Em nome de Cristo, sejamos embaixadores: através de nós é o próprio Deus que exorta. Vos suplicamos em nome de Cristo: deixai-vos reconciliar com Deus (2Cor 5,20). Jesus, na sua vida, anuncia e torna presente a misericórdia do Pai. Ele veio não para condenar, mas para perdoar e salvar, para dar esperança também na escuridão mais profunda do sofrimento e do pecado, para doar a vida eterna; assim no sacramento da Penitência, no remédio da confissão, a experiência do pecado não degenera em desespero, mas encontra o Amor que perdoa e transforma (João Paulo II, na Exortação Apost. Pós-Sinodal Reconciliação e Penitência, 31) Deus, rico em misericórdia (Ef 2,4), como o pai na parábola evangélica (Lc 15, 11-32), não fecha o coração a nenhum dos seus filhos, mas os espera, os procura, os atinge onde a rejeição da comunhão aprisiona no isolamento e no desespero, pode transformar-se assim em tempo de graça para entrar em si mesmos, e como o filho pródigo da parábola, repensar na própria vida, reconhecendo os erros e faltas, sentir a saudade do abraço do Pai e repercorrer o caminho em direção à sua Casa. Ele, no seu grande amor, olha sempre a nossa existência e nos espera para oferecer a cada filho que volta para Ele, o dom da plena reconciliação e da alegria.
Pela leitura dos Evangelhos, emerge claramente como Jesus mostrou particular atenção aos doentes. Ele não somente enviou os discípulos a curar-lhes as feridas (Mt 10, 8; Luc 9,2; 10,9), mas também instituiu para eles um sacramento específico: a unção dos Doentes. A carta de Tiago, atesta a presença desse gesto sacramental já na primeira comunidade cristã (5, 14-16): com a unção dos doentes, acompanhada pela oração dos presbíteros, toda a Igreja recomenda os doentes ao Senhor sofredor e glorificado, a fim que alivie as suas penas e os salve, e ainda os exorta a unirem-se espiritualmente à paixão e à morte de Cristo, para contribuir para o bem do Povo de Deus.
Tal Sacramento nos leva a contemplar o dúplice mistério do Monte das Oliveiras, onde Jesus se encontrou dramaticamente diante da via indicada pelo Pai, aquela da Paixão, do supremo ato de Amor, e a acolheu. Naquela hora de prova, Ele é o mediador, transportando em si, assumindo em si o sofrimento e a paixão do mundo, transformando-a em grito em direção a Deus, levando-a diante dos olhos e nas mãos de Deus, e assim, levando-a realmente ao momento da redenção (Lectio Divina, Encontro com o Clero de Roma, 18 de fevereiro de 2010). Mas o horto das oliveiras é também o lugar do qual Ele se elevou ao Pai, e é também o lugar da redenção. Este dúplice Mistério do Monte das Oliveiras é também sempre ativo no óleo sacramental da Igreja, sinal da bondade de Deus que nos toca (Homilia, Santa Missa do Crisma, 1 de abril de 2010). Na unção dos doentes, a matéria sacramental do óleo nos vem oferecida, por assim dizer, como remédio de Deus, que agora nos torna certos da sua bondade, nos deve reforçar e consolar, mas que, ao mesmo tempo, além do momento da doença, nos traz a cura definitiva, a ressurreição (Tiag 5, 14)
Este Sacramento merece hoje uma maior consideração, seja na reflexão teológica, seja na ação pastoral junto dos doentes. Valorizando os conteúdos da oração litúrgica que se adaptam às diversas situações humanas ligadas à doença e não somente quando se está no fim da vida (Catecismo da Igreja Católica, 1514), a unção dos enfermos não deve ser tida como um 'sacramento menor' em relação aos outros. A atenção e o cuidado pastoral em relação aos doentes, se de um lado é sinal da ternura de Deus para quem está no sofrimento, por outro lado traz vantagem espiritual também aos sacerdotes e à toda a comunidade cristã, na consciência que quando algo é feito ao mais pequeno, é feito ao próprio Jesus (Mat 25,40).
A propósito dos sacramentos da cura, Santo Agostinho afirma: “Deus cura todas as suas enfermidades. Não temais portanto: todas as suas enfermidades serão curadas. Tu deves somente permitir que Ele te cure e não deves rejeitar as suas mãos” (Exposição sobre o Salmo 102). Trata-se de meios preciosos da Graça de Deus, que ajudam o enfermo a conformar-se sempre mais plenamente com o Mistério da Morte e Ressurreição de Cristo. Junto a estes dois sacramentos, gostaria de sublinhar a importância da Comunhão. Recebida no momento da doença, contribui, de maneira singular, para operar tal transformação, associando quem se alimenta do Corpo e do Sangue de Jesus à oferta que Ele fez de Si mesmo ao Pai para a salvação de todos. Toda a comunidade eclesial, e as comunidades paroquiais em particular, prestem atenção em assegurar a proximidade com frequência da comunhão sacramental àqueles que, por motivos de saúde e de idade, não podem ir aos locais de culto. Desta forma, a estes irmãos e irmãs, será oferecida a possibilidade de reforçar o relacionamento com Cristo crucificado e ressuscitado, participando, com a vida oferecida por amor de Cristo, à própria missão da Igreja. Nesta perspetiva, é importante que os sacerdotes que prestam as suas delicadas obras nos hospitais, nas casas de reabilitação e em cava dos doentes, se sintam verdadeiros ministros dos doentes, sinal e instrumento da compaixão de Cristo, que deve chegar a cada homem marcado pelo sofrimento (Mensagem para a XVIII Dia Mundial dos Doentes, 22 de novembro de 2009).

A conformação ao Mistério pascal de Cristo realizada também mediante a prática da Comunhão espiritual, assume um significado particular quando a Comunhão é ministrada e acolhida como Viático. Naquele momento da existência ressoam em modo ainda mais incisivo as palavras do Senhor: “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna e Eu o ressuscitarei no último dia (Jo 6,54). A Comunhão, de fato, sobretudo como Viático é, segundo a definição de Santo Inácio de Antioquia, remédio de imortalidade, antídoto contra a morte, sacramento da passagem da morte para a vida, deste mundo ao Pai, que a todos espera na Jerusalém celeste.

O tema desta mensagem para o 20.º Dia Mundial do Foente, “Levanta-te e vai, a tua fé te salvou”, olha também para o próximo “Ano da fé” que começará em 11 de outubro de 2012, ocasião propícia e preciosa para redescobrir a força e a beleza da fé, para aprofundar os conteúdos e para testemunhá-la na vida de cada dia. (Carta Apostólica Porta da Fé, 11 de outubro de 2011). Desejo encorajar os doentes e sofredores a encontrar sempre uma âncora segura na fé, alimentada pela escuta da Palavra de Deus, pela oração pessoal e pelos sacramentos, enquanto convido os Pastores a serem sempre mais disponíveis para as celebrações com os doentes. Sob o exemplo do Bom pastor e como guias do rebanho confiado a Eles, os sacerdotes manifestem-se cheios de alegria, atenciosos com os mais fracos, os simples, os pecadores, manifestando a infinita misericórdia de Deus com as palavras seguras da esperança (Santo Agostinho, carta 95)

A todos os que trabalham no mundo da saúde, como também as famílias que nos próprios parentes vêem o rosto sofrido do Senhor Jesus, renovo o meu agradecimento e da Igreja, porque, na competência profissional e no silêncio, mesmo sem proferir o nome de Cristo, O manifestam concretamente (Homilia, Santa Missa do Crisma, 21 de abril de 2011)
A Maria, Mãe da Misericórdia e saúde dos doentes, elevamos o nosso olhar confiante e a nossa oração, à sua materna compaixão, vivida ao lado do Filho que morria na cruz, acompanhe e sustente a fé e a esperança de cada pessoa doente e sofrida no caminho da cura das feridas do corpo e do Espírito.
A todos asseguro a minha lembrança na oração, enquanto dirijo a cada um uma especial bênção apostólica.

Bento XVI