segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Combate à pobreza compete a toda a sociedade - Solenidade de Cristo Rei, Caniço

D. António Carrilho na Cerimónia de Cristo Rei...
COMBATE À POBREZA COMPETE A TODA A SOCIEDADE
“É bem claro para todos, certamente, que a luta contra a pobreza e a exclusão social tem de constituir uma tarefa de toda a sociedade e não apenas de algumas pessoas ou grupos, cristãos ou não, nem tão pouco uma responsabilidade exclusiva dos poderes públicos”, afirmou ontem o Bispo do Funchal, na festa litúrgica de Cristo Rei. Perante os muitos fiéis que participaram na celebração realizada na igreja paroquial do Caniço, D. António Carrilho falou do actual momento de “crise” e da responsabilidade que a todos compete na resolução dos problemas.
Aos “poderes públicos cabe, sem dúvida, prestar-lhes uma atenção prioritária e comprometida, de facto, em projectos de desenvolvimento, que articulem, devidamente, as políticas económicas e sociais.”
“Mas sempre, e em particular na preocupante conjuntura de crise em que vivemos, a relação de proximidade, numa presença discreta e amiga, atinge situações, que muitas estruturas sociais e organizações de solidariedade não atingem”, referiu, lembrando ainda o “serviço aos mais pobres” que a Igreja presta, em particular através das Conferências de São Vicente de Paulo.
“Penetra-se, assim, mais facilmente, o campo da ‘pobreza envergonhada’, que só na base de uma grande confiança e respeito poderá conhecer-se e apoiar-se”, sublinhou.
Neste contexto, explicou que “olhar a pobreza e a exclusão social a partir da Fé situa-nos no encontro pessoal com o outro, face a face, olhos nos olhos, partilhando as suas angústias e as suas esperanças, sentindo com ele, sofrendo com ele”.
Segundo o Bispo do Funchal: “Na actual situação de crise económica e social, repito, a intervenção das instituições públicas nas suas competências próprias e necessárias, não pode dispensar a atenção e o cuidado de todos uns pelos outros. Passa por aqui o verdadeiro espírito de fraternidade, marca dos autênticos discípulos de Jesus. Ele próprio Se identificou com os mais necessitados de tudo (famintos, sedentos, forasteiros, nús, enfermos, encarcerados), convidando os Seus discípulos a acolhê-los e ajudá-los. Até lhes disse: ‘sempre que fizestes isto a um destes Meus irmãos mais pequeninos a Mim mesmo o fizestes” (Mt 25,40).

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