domingo, 5 de dezembro de 2010

Papa apela ao fim da violência e intolerância

Bento XVI lembra situações no Iraque, Egipto e deserto do Sinai.


Bento XVI pediu este Domingo o fim dos atentados terroristas e da intolerância em todo o mundo, convidando a rezar pelas vítimas da violência.

“Penso nas muitas situações difíceis, como os contínuos atentados que se verificam no Iraque contra cristãos e muçulmanos; nos confrontos no Egipto, em que houve mortos e feridos; nas vítimas dos traficantes e criminosos, como o drama dos reféns eritreus e de outras nacionalidades, no deserto do Sinai”, disse.

Perante milhares de peregrinos, reunidos na Praça de São Pedro, no Vaticano, para a recitação do Angelus, o Papa convidou a “rezar por todas as situações de violência, de intolerância, de sofrimento que existem no mundo”.

Entre os casos citados pelo Papa está o de centenas de eritreus – bem como cidadãos somalis, etíopes e sudaneses - mantido reféns por contrabandistas na fronteira Egipto-Israel há mais de um mês.

No Egipto, confrontos entre cristãos coptas e a polícia por causa da suspensão da construção de uma igreja deixaram dois mortos e a comunidade cristã queixa-se de ser sistematicamente discriminada.

No Iraque, a violência contra os cristãos tem aumentado desde o violento atentado de 31 de Outubro, na Catedral siro-católica de Bagdad, mas também os muçulmanos são vítimas dos terroristas: quatorze pessoas morreram e quase cem ficaram feridas este Sábado, numa série de atentados contra peregrinos iranianos.

Perante este cenário, o Papa afirmou que “o respeito pelos direitos de todos é o pressuposto para a convivência civil”.

“Que a nossa oração ao Senhor e a nossa solidariedade possam levar esperança aos que se encontram no sofrimento”, desejou

Para Bento XVI, “neste tempo de Advento”, que antecede a celebração do Natal, “somos chamados a alimentar a nossa espera do Senhor e a acolhê-lo entre nós”, rezando para que “a vinda de Jesus traga consolação, reconciliação e paz”.

A habitual catequese destes encontros foi dedicada à figura de São João Baptista, apresentado como exemplo para os cristãos, que devem “escutar a voz de Deus que ressoa no deserto do mundo através das Sagradas Escrituras”.

O Papa evocou a celebração da Imaculada Conceição de Maria, a 8 de Dezembro, pedindo que Nossa Senhora apoie os fiéis no seu caminho espiritual, “para acolher com fé e com amor a vinda do Salvador”.

Fonte: Agência Ecclesia

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